Fabricantes de Bicicletários

A Transporte Ativo incluiu no seu banco de dados uma lista de fabricantes de bicicletários no Brasil. A associação já disponibilizava uma série de documentos de orientação para a construção de estacionamentos de bicicletas por comerciantes e pelo poder público. Visite aqui.

Estacionamento Houston

google earth

Coopike de volta

Meio em cima da hora, mas fica o recado:

domingo (07), às 10h, tem encontro da Coopbike na Praça do Ciclista (Paulista X Consolação).

Sociedade do Automóvel – Recall

Depois de quase um ano, cento e vinte cópias em DVD distribuídas, centenas de downloads e algumas exibições públicas, foi constatada (e consertada) uma falha de áudio no vídeo Sociedade do Automóvel.

Ao contrário do que acontece com air-bags e cintos de segurança, o problema não é fatal: só atinge equipamentos mono. As entrevistas realizadas com o microfone de mão só têm o áudio reproduzido corretamente em TVs e amplificadores estéreo.

No site do vídeo estão as versões corrigidas para download, que agora pode ser feito também através do Bittorrent. Com o novo processo, foi possível também disponibilizar uma versão “pegue e faça” do DVD. Se você tem gravador de DVD, é só baixar, gravar e imprimir o encarte (se você usa o Bittorrent, colabore deixando o arquivo no seu PC o máximo de tempo possível).

Uma loja, um estacionamento

Em São Paulo o espaço destinado ao estacionamento de veículos é geralmente muito maior do que a área dos estabelecimentos comerciais visitados pelos motoristas.

Com a área ocupada por estacionamentos, “valet parks”, vagas públicas, garagens residenciais e zona azul, a cidade se expande. É o triunfo da especulação imobiliária a cada metro quadrado. O trânsito explode, a cidade não anda e grandes áreas urbanas viram depósitos de máquinas.

Os desertos de asfalto isolam as pessoas, criam distâncias e aniquilam a convivência.

Caminho livre para que 30% da população (a minoria que possui automóvel) exerça o seu “direito de consumo”, inclusive de espaço. Ou, como diria o super-prefeito Andrea Matarazzo, “no parking, no bussiness“.

Autocracia

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

O estacionamento de automóveis no térreo ocupa a mesma área destinada ao palácio dos nobres representantes do povo. Diz a lenda que toda a área da Assembléia era ocupada pelo Parque do Ibirapuera, com árvores, grama e espaço seguro e livre para as pessoas. O carro exige espaço, muito espaço…

43a Bicicletada de São Paulo – sexta (28), 18h

[visite o site da Bicicletada]

[inscreva-se na lista de discussão]

[veja o que aconteceu na 42a edição]

[veja o que aconteceu nas edições anteriores]

9 carros a menos, 9 carros a mais


Faculdade de Educação – USP


Falta de educação – USP

Para não andar 100 metros a mais, motoristas estacionam seus veículos em local proibido, comprometendo a visão de outros motoristas que circulam pelo câmpus.

Você com um carro na mão é um bicho feroz


(cena do desenho Motormania, de 1950)

Rua Tutóia, cruzamento com a avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 18h30. Pedalo devagar pois o semáforo à frente está vermelho e não costumo ultrapassar carros que vão me ultrapassar depois. Uma buzina raivosa é acionada longamente por um carro atrás de mim. Olho, aponto o sinal vermelho a menos de 20 metros e vejo dentro do veículo uma mulher gesticulando euforicamente. Acho que ela também estava gritando, mas não pude ouvir já que os vidros do veículo estavam fechados.

Abri espaço, ela emparelhou ao meu lado. Meu pecado: bati no vidro do carro, apontei de novo o sinal vermelho e gesticulei dizendo que queria falar algo. Em São Paulo, você pode xingar a mãe e passar a mão na bunda do pai, mas não ouse encostar no sagrado automóvel. A mulher parou o carro no meio da rua e desceu gritando:

– Você tá louco de bater no vidro do meu carro! Tá louco, é?! Sai da frente, seu filho da puta, vai pra calçada!

– Mas minha senhora, não viu que o farol estava fechado? Por que buzinou se ia parar logo ali?

A mulher, uns 30 anos, aparência de 40, veio em minha direção. Me afastei com a bicicleta, dando uma volta ao redor do carro.

– Seu bicha! Com medo de mulher? Filho da puta!

– Minha senhora, não quero brigar, só queria conversar, mas a senhora está muito estressada. Eu sei, o trânsito faz muito mal mesmo, é angustiante andar e parar a cada 50 metros… Já pensou em pedalar ou andar à pé? Faz bem, deixa a gente feliz, alegre, tranqüilo…

Ela continuou xingando, totalmente alterada. O motorista do veículo que estava atrás passou pelo lado e disse “Meu, sai fora, essa mulher não tá te ouvindo, ela tá completamente louca, não perde o seu tempo”.

– Ele tem razão: divirta-se com o congestionamento, aproveite o trânsito e a solidão…

Me afastei. Ela entrou no carro. Continuei meu trajeto e, como era de se esperar, no semáforo seguinte lá estava ela, parada no congestionamento. Parei ao lado dela, acenei, apontei para o trânsito e sorri para os vidros escuros. E não é que a louca saiu do carro de novo? Transtornada, ela apontou o telefone celular para mim e gritou:

– Vai embora, seu filho da puta, se não eu chamo meu marido e digo que você está me seguindo!

– A senhora faça o que quiser, mas tente relaxar, experimente pegar uma bicicleta pois me parece que o trânsito está te fazendo muito mal… Bom congestionamento!

Ela continuou gritando sozinha, eu segui em frente. O barraco chamou a atenção de um pedestre que olhava os jornais na banca da esquina. Comentei o ocorrido e ele respondeu:

– Você conhece aquela música do Bezerra da Silva: “Você com uma arma na mão é um bicho feroz”? Pois é, aqui em São Paulo é só trocar “arma” por “carro”…

Me despedi do rapaz e segui dando risada da cena mais bizarra que eu já vi no trânsito: “eu chamo meu marido”… Pensei: se o terrível marido estiver de carro, terei muito tempo para escapar. Não parei de rir sozinho até chegar em casa. A coitada deve estar transtornada até agora, exalando bile, aumentando a úlcera, angustiada e sozinha na sua cela móvel.

Do mestre Angeli. (dica do Na Estrada e ao Vento…

Do mestre Angeli. (dica do Na Estrada e ao Vento)