Jardim suspenso da babilônia

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fotos: c Felipe Morozine (reproduzia com autorização do artista)

Desde 1971 uma via expressa exclusiva para carros e motos corta o centro da capital com barulho, poluição, trânsito, degradação e cinza.

Em um belo domingo de outubro, o Minhocão amanheceu florido.

Felipe Morozini, autor da intervenção, resolveu transformar uma parte da cidade em que vive em um espaço mais bonito. Com a ajuda de amigos e munido de cal, transformou o horizonte e trouxe mais uma vez a lembrança de que os espaços públicos poderiam ser bem mais interessantes.

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O Minhocão foi um presente de Paulo Maluf no auge do rodoviarismo paulistano: jogou uma pá de cal no centro da cidade, degradando prédios e vidas para estimular o uso do transporte individual. Como boa parte das obras viárias mirabolantes que privilegiam o automóvel, serve apenas para ligar um congestionamento ao outro e afastar as pessoas do espaço público.

Planos para demolir o viaduto são anunciados de tempos em tempos, mas a nenhum deles saiu do papel e a cidade continua investindo rios de dinheiro em túneis, pontes e vias expressas para o congestionamento motorizado.

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