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Caixinhas como estas existem nas esquinas de Viena, Salzburgo e Munique (as três primeiras cidades da minha jornada).Elas emitem dois sons diferentes: um quando o semáforo de pedestres está fechado e o outro quando ele está aberto.
Servem para orientar deficientes visuais na travessia.
Como os semáforos específicos para pedestres existem em quase toda esquina destas cidades, todos os cidadãos podem caminhar com segurança pelas ruas.
Também não preciso dizer que as guias são rebaixadas, permitindo o acesso de bicicletas às ciclovias e de cadeirantes às calçadas.
Bancos servem para sentar, deitar e namorar.
Viena tem muitas praças, muitos parques, muitos castelos e palácios.Nenhum deles é cercado por grades, cercas ou estruturas anti-gente.
Nenhum banco de praça foi reduzido a um assento para uma só pessoa para evitar que “mendigos” durmam por lá, como na “revitalizada” praça da República.
Nenhum lago possui pântanos anti-banho para evitar que “moleques de rua” tomem banho, como na “revitalizada” praça da Sé.
Tá certo, Viena não tem gente (muito menos crianças) dormindo na rua. Mas a pergunta é: será que a capital austríaca resolveu o “problema” dos moradores de rua gastando dinheiro com grades, pântanos e cercas que impedem o acesso das pessoas aos espaços públicos?
[menos shopping, mais ciclovia]
Mais um vídeo animal do pessoal de Curitiba, durante a Bicicletada de julho.
Assim como Munique, Viena também é uma cidade atrasada, que não arrancou os trilhos dos bondes sob o pretexto de abrir caminho para o progresso dos automóveis.Meio de transporte não poluente, charmoso, que circula em vias exclusivas e permite a convivência entre as pessoas, o bonde desapareceu de muitas cidades americanas (tanto do norte, quanto do sul) por graça e obra das corporações automobilísticas.
No início do século XX, o bonde sucumbiu ao lobby político e midiático rodoviarista, que afirmava que o transporte bom era aquele sobre pneus e que os trilhos eram um entrave ao progresso da humanidade.
Para disfarçar suas reais intenções, as montadoras empurraram os ônibus goela abaixo de cidades ao redor do planeta, prometendo um transporte coletivo mais “flexível e democrático”.
Utilizando os ônibus como ponta de lança, os automobilistas tiraram os bondes de circulação e abriram as ruas para espalhar seus potes de ouro: o carro particular.
A história é contada, entre outras fontes, no filme Taken for a Ride, que foi exibido pelo canal GNT há muito tempo e deve estar disponível em algum canto da internet.
Quer andar de carro? Então fica parado!
Esse povo da União Européia é realmente muito atrasado: viajam de trem de um país para o outro e quando chegam ao destino, utilizam o transporte público para chegar em casa ou no hotel.Em vez de aeroportos congestionados, velhas estações construídas no século XIX. No lugar da querosene, energia elétrica.
De Salzburgo até Viena foram pouco mais de quatro horas dentro de uma cabine confortável, conversando com outros turistas e apreciando a paisagem.
Chegando em Viena, um bilhete de metrô e pronto: 15 minutos depois já estava “em casa”. Nada de taxistas extorquindo a corrida, nada de congestionamento, nada de buracos e solavancos dentro de um automóvel.
Quando saí do Brasil, pouco depois do acidente com o avião da TAM, pouco se falava sobre os trens de passageiros, seja para ligar aeroportos às cidades ou para (que absurdo!) transportar passageiros de uma cidade até a outra.
Limpo e eficiente, o metrô de viena ainda tem umas plaquinhas coloridas para designar os assentos preferenciais para gestantes, idosos ou portadores de necessidades especiais. Afinal, pra que fazer feio se dá pra fazer bonito?
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(dica do Martino, no Bike Lane Diary)
Soy loco por Sol, Mundo Livre S/A
Olha o sol tingindo a madrugada
Um calor intenso estranho invade aos poucos o meu peito
É uma paixão incontrolável eu não consigo resistir
Comprar, comprar, gastar, torrar
Eu não vivo sem consumir
Sou o gatilho mais rápido do oeste
Com um American Express na mão
Já tenho 3 rifles em casa
E não vejo a hora de sacar mais uma vez a carteira
Aquela belezura prateada e automática
Logo, logo reforçará a minha coleção
Soy loco por carros novos
Um modelo pra cada ocasião
Vibro imaginando a quantidade de ozônio devastado
Cada vez que acelero meu novo 4/4
Se alguns desses abraçadores de lagoas
Estão mesmos dispostos a perder seu sono com isso
Vão em frente!
Quanto a mim estou ocupado demais
Tentando decidir como investir e gastar bem meu dinheiro
Liberdade, Liberdade!
Regulação é o mesmo que censura
Dane-se o planeta!
Dane-se as futuras gerações!
E é por isso Sol
Que eu sou apaixonado
Sou fanático e posso até morre por ti América
Eu tive um sonho
Diante da minha nova TV de 500 canais
Me deparei com um estranho episódio dos Simpsons
A Floresta Amazônica havia se transformado num imenso deserto americano
Conheci a doce e ingênua Solange trabalhando pro lá
Num dos milhares de postos da TEXACO
Ela atendia a todos que paravam com o mesmo sorriso largo
Dizendo “bem vindo ao deserto do real”
Convidei-a para um café e ela terminou me contando
Que tinha acabado de chegar da América
Triste, desolada, confessou que tinha sido deportada.
Pra minha surpresa Solange topou viajar comigo de Ultraleve
A centésima para foi numa praia deserta próximo a Tihuana no México
Olha o Sol tingindo a madrugada…
Quando ela menos esperava estávamos sobrevoando a noite de balão
O trecho do muro daquele imenso muro que adentra o pacífico
Solange no entanto não se alegro
É difícil viver na clandestinidade ela lembrou
Então eu lhe contei que seus problemas tinham acabado
Pois eu conhecia uma maneira muito simples de conseguir o Green Card
é só a gente se alistar para o glorioso exercito americano
Em pouco tempo nos tornaríamos fuzileiros
E viveríamos juntos, felizes e totalmente realizados
Torturando aqueles vermes mulçumanos na base de Guatánamo em Cuba.
Um calor intenso estranho invade aos poucos o meu peito
Acordei suado e triste por ainda está aqui
Mas de toda forma saiba
América
Yo soy loco por ti!
América
Yo soy loco por ti!
América
Yo soy loco por ti!
Salzburgo é a terra de Mozart, de orquestras e concertos. Todo mês de agosto, a cidade recebe um dos mais importantes festivais da Europa… De música clássica, óbvio.No domingo, um telao exibia a ópera La Traviata em uma praca lotada da cidade, bem aos pés do castelo. Pra fechar com chave de ouro a passagem por Salzburgo.