Sem novidades

Manhã de quarta-feira: policiais federais e militares se preparam para fazer a escolta de algum bacana em frente ao hotel Intercontinental, na Al. Santos.

Como sempre, o estacionamento das motos e viaturas é o espaço do pedestre.

Um quarteirão à frente, na esquina com a Campinas, os guaridões da mobilidade sinalizam que não estão nem aí para a cosntrução de cidades humanas.

Mais fotos e um vídeo da bicicletada dos executivos

[notícia com fotos e vídeo][fotos]

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Bicicletas públicas em Viena

Assim como Munique, a capital austríaca também tem bicicletas públicas à disposição de turistas e moradores. As magrelas estão disponíveis em mais de 50 pontos da cidade.O usuário do veículo que não polui o ar nem congestiona as ruas pode retirar uma bicicleta para se locomover de graça por uma hora, devolvendo-a em qualquer uma das estações. Se ultrapassar este limite de tempo, uma pequena taxa é cobrada.

Segundo as estatísticas do Citibike Wien, mais de 865 mil quilômetros já haviam sido percorridos pelas bicicletas públicas da cidade este ano.

Imagine a quantidade de poluição, barulho, desperdício de combustível e congestionamento nas ruas de Viena se essa mesma distância fosse percorrida por pessoas montadas em máquinas de duas toneladas? Converter estes quilômetros em qualidade de vida não é uma conta muito difícil…

Sinalizando as ruas para democratizar o espaço

fotos: anônimo / Edu Green

Na última semana, bicicletinhas apareceram pintadas no chão de algumas ruas de São Paulo.

As novas ciclofaixas foram vistas nas ruas Groenlândia, Estados Unidos, Cristiano Viana e nas avenidas Henirque Schauman e Sumaré.

Diz o Código Brasileiro de Trânsito em seu artigo 58: “Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.”Em uma cidade que possui apenas 4,5km de ciclovias em mais de 17 mil quilômetros de ruas, sinalizar a presença de bicicletas nas vias é fazer com que a lei seja cumprida.

Em Istambul, durante a conferência Toward Carfree Cities, a atividade de pintura do solo contou com a presença de um subprefeito da cidade, que sujou a mão de tinta para promover a mobilidade sustentável.

A criançada adorou…

Em Florianópolis, durante o mês de julho, estudantes de arquitetura de todo o país também colocaram as mãos na massa para democratizar o espaço e divulgar informações úteis para quem usa bicicletas na cidade.

Além das ciclofaixas, placas de orientação sobre as melhores rotas cicloviárias foram instaladas em diversos pontos de Floripa.

Criatividade e ação direta são duas armas para superar a inércia e a falta de vontade que ainda assolam alguns setores fundamentais do poder público.Construir cidades humanas é tarefa de todos, para o bem de todos.

Executivos fazem arte – Bussinessmass


(fotos: gira)

Na última sexta-feira de agosto, mais de 60 pessoas participaram da Bicicletada dos Executivos, uma edição temática da já tradicional massa crítica paulistana.

Last friday of august, more than 60 people joined monthly edition of Sao Paulo Critical Mass.

Fotos / Photos:
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Video:
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Para mostrar que bicicleta, além de esporte e diversão, é também meio de transporte para todas as profissões, os participantes à caráter levaram um pouco de alegria ao happy hour da avenida Paulista.

To prove the idea that bicycles, besides sport and fun, is also a great vehicle to all kinds of workers, participants dressed bussinessmen and bussinesswomen clothes to bring happiness to Paulista avenue traffic jam.

Vestidos para pedalar

Dressed to ride

Arte na Praça do Ciclista

Art on Biciclist’s Square

A massa toma as ruas

The mass reclaim the streets

Além de pedalar, panfletar, trocar idéias e se divertir, alguns participantes pintaram ciclofaixas na avenida. Arte, educação e divisão de espaço.

During the ride, educative flyers, share of experiences, fun and also bike lanes painting. Art, traffic education and space sharing on the streets.

Voilá!

A massa passa…

The mass goes on…

… e as bicicletas ficam.

… and bicycles remain.

Em direção às cidades cheias de carros

Voltei ontem (domingo) da minha jornada européia que terminou com a participação na conferência Toward Carfree Cities (Em direção às cidades sem carro), promovida pela World Carfree Network em Istambul (Turquia).O blogue ficou meio parado nos últimos dias por causa da conferência, onde estiveram presentes ativistas, técnicos e planejadores urbanos de 13 países.

Se os primeiros dias de viagem para mim deveriam ter 48 horas de duração, na Turquia o intercâmbio de informações, experiências e realidades com mais de 70 pessoas fez minha cabeça girar a mil por hora. Cada dia foi vivido como se tivesse 72 horas.

A imagem acima é do meu penúltimo veículo em Istambul, um táxi que me levou até o aeroporto.

Assim como São Paulo, a cidade turca vive um difícil realidade de abuso automobilístico e degradação de seus espaços públicos. Muitos carros estacionados em calçadas e praças, calçadões fechados às pessoas, buzinas por todos os lados e muito desrespeito com pedestres e ciclistas. São Paulo é um paraíso perto de Istambul.

Mesmo assim, as iniciativas em favor da mobilidade sustentável começam a tomar vulto em Istambul. Durante a conferência, os participantes e um subprefeito da cidade se juntaram para pintar a sinalização de uma ciclovia.Tá certo, a pista para bicicletas era curta, dedicada ao lazer e com pouca função de transporte. Mas foi ótimo ver o prefeito com as mãos na massa, pintando bicicletinhas no chão.

Três horas e meia de um vôo tenso, com uma turbulência feroz que fez crianças chorarem e a senhora do meu lado vomitar, cheguei à Frankfurt, na Alemanha, para pegar o segundo avião em direção a São Paulo.

No aeroporto, minhas últimas lágrimas em terras estrangeiras caíram ao ver estas bicicletas dentro do aeroporto. Elas são usadas pelos funcionários, que precisam de agilidade para se deslocar em um dos maiores aeroportos do mundo.

De volta a São Paulo, abro minha janela e uma miragem parece surgir na avenida Paulista: biciceltas pintadas no chão, como na Turquia, como na Alemanha ou como nos outros países por onde passei.Soube depois que as ciclofaixas paulistanas foram pintadas pelos participantes da Bicicletada dos Executivos, a edição de agosto da massa crítica paulistana. Dividir o espaço é a tarefa contra a privatização. Critividade é o antídoto contra a burocracia.

Como não terminei o relato da viagem, o blogue seguirá trazendo nos próximos dias postagens da jornada em direção às cidades sem carro, alternadas com notícias e informações locais.

Resolvi escrever esse texto para que os meus caros leitores não fiquem achando que estou onde não estou.

O sonho acabou. As férias e o dinheiro também. Mas depois de visitar Munique, Salzburgo, Viena, Praga, Budapeste e Istambul, vi que a realidade paulistana, ainda que dura e agressiva, não é a pior do mundo.

E mais: temos total possibilidade de reverter o quadro avassalador de degradação dos espaços humanos também nestas paragens subdesenvolvidas. Basta um pouco de vontade política, uma pitada de vergonha na cara, outra pitada de tempo e alguma organização das pessoas interessadas em mudar a situação.

Fácil não é, mas é absolutamente possível. Sem importar soluções prontas, sem dar espaço para interesses privatistas e mesquinhos e utilizando muita criatividade, conseguiremos construir uma cidade melhor. Se duvidam, aguardem as próximas postagens sobre Praga e Budapeste.

Bicicletada dos executivos: massa crítica de agosto

Sexta-feira, dia 31 de agosto, tem Bicicletada em São Paulo.Nesta edição faremos a Bicicletada dos Executivos, para mostrar que a bicicleta não é “apenas” para o lazer ou para o esporte, mas também um meio de transporte que pode e deve ser usado por qualquer cidadão.

Vista sua roupa de executivo(a) e participe desta Bicicletada!*

A concentração lúdico-educativa começa às 18h, na Praça do Ciclista (av. Paulista, altura do número 2400). Às 19h00, um pedal legal para humanizar o trânsito.

A Bicicletada é uma celebração mensal do transporte não-motorizado e do espaço público que acontece em mais de 200 cidades ao redor do planeta. Inspirada pelo movimento de Massa Crítica, a Bicicletada é uma iniciativa civil livre e horizontal, que busca promover os meios de transporte não-motorizados e a cidadania.

Pedalamos mensalmente pelo direito de circular com tranqüilidade todos os dias. Celebramos a locomoção inteligente, que não polui o ar, não congestiona as ruas e humaniza a cidade. Trocamos idéias e experiências para consolidar alternativas de locomoção. Ocupamos o espaço público para promover a convivência.

O único requisito é um veículo não-motorizado (bicicleta, patins, skate, patinete, etc). Panfletos, cartazes, alegorias e boas idéias são muito bem-vindos.

Sobre a Bicicletada:

[acesse o site]

[increva-se na lista de discussão]

[relatos, fotos, vídeos]

(*) O uso de roupas de executivo não é obrigatório, todos podem participar vestidos de qualquer forma.

Bicicletada no Rio de Janeiro – sexta (31)

A Bicicletada Carioca quer tomar as ruas.Vamos lá todos nesta sexta dia 31 de agosto às 17:30h na esquina de Praia de Botafogo com a Rua São Clemente.

Pedalar nas ruas congestionadas é um prazer à parte. Trânsito todo parado, tranqüilidade total para se trafegar de bicicleta e um contato direto com a realidade do transporte urbano.

Um momento para mostrar aos que estão parados no engarrafamento que a bicicleta pode ser uma excelente solução, simplesmente por nos ver deslizando pelas avenidas congestionadas.

É a Bicicletada Carioca de volta às ruas!

retirado do blog da Transporte Ativo

Massa Crítica em Viena

O movimento mundial de ocupação e transformação das ruas em espaços humanos também acontece em Viena.Infelizmente perdi o encontro, que aconteceu no dia em que deixava a cidade em direção a Praga.

Mas deixei um adesivo da Bicicletada brasileira com Christophoros, um grego que mora em Viena, me hospedou no primeiro dia e emprestou uma bicicleta.

Mais hortas, menos carros

Atividade de transformação temporáia do espaço público ocupado por propriedades privadas motorizadas em algo mais útil.A “vaga viva” em Viena foi promovida por uma ONG para estimular o cultivo caseiro de hortaliças, tempeiros e vegetais.

A população de Viena é bastante preocupada com o consumo de alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos ou de modifações genéticas.

Produtos orgânicos (ou “Bio”) são facilmente encontrados em qualquer supermercado ou venda de esquina. Atualmente a diferença de preço entre os “Bio” e os mutantes é muito pequena.

Enquanto isso, multinacionais como Monsanto e Bayer continuam fazendo a festa no Brasil, espalhando semenentes geneticamente modificadas e pressionando o governo para ampliar seu domínio sobre a produção agrícola mundial.

Na Europa, os alimentos geneticamente modificados têm cada vez menos espaço e mercado. Questão de consciência, de economia e de saúde.