Quem não é otário, instala bicicletário

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reprodução: anúncio de domingo

O recorte acima foi tirado de um anúncio de empreendimento imobiliário encartado no jornal do fim de semana. Ao contrário das dezenas de propagandas da verticalização privada, esta não menciona o número de vagas na garagem.

Sinal dos tempos: mesmo com espaço para três carros por apartamento e outros acessórios “esconda-se da cidade”, a agência de propaganda preferiu destacar o bicicletário.

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reprodução: jornal

No mesmo jornal, a explicação aparece na imagem de capa do caderno dedicado à habitação, com uma reportagem sobre a mostra Abitare Il Tempo, ocorrida em setembro na cidade italiana de Verona.

No lugar da garagem, um singelo bicicletário confirma: desperdiçar espaço e recursos sustentanto um carro é coisa do passado.

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reprodução: anúncio

2009 foi o ano em que a bicicleta chegou ao mainstream na capital paulista: anúncios, imagens, notícias e atividades de promoção do uso das magrelas ganharam destaque nunca antes visto. Todo mundo quer tirar uma casquinha do “bike hype”.

“Novas” atitutes individuais não irão, sozinhas, “salvar o planeta”; o buraco é bem mais embaixo. Mas depois da curva ascendente do hype, dizem que vem o planalto da produtividade, quando as novidades são “normalizadas” e as mudanças realmente acontecem.

Confira esta cartilha da Transporte Ativo, que traz dicas importantes para quem quer instalar um dispositivo para receber bem o público sobre duas rodas. Ou veja neste mapa colaborativo os locais de São Paulo que já possuem bicicletários.

Se você não é otário, instale ou exija a a instalação de um bicicletário nos locais que frequenta. O trem do futuro não passa duas vezes na mesma estação, mas ainda dá tempo de garantir um lugar na janelinha.

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