Agora só falta ligar os pontos

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Na última terça-feira (25) foi inaugurado mais um bicicletário da empresa Porto Seguro, desta vez em parceria com uma rede de hotéis.

O bicicletário Novotel Jaraguá funciona do mesmo jeito que os demais: R$2,00 por um período de 12 horas. O ciclista deve levar cadeado.

Além do bicicletário, o Novotel Jaraguá será mais um ponto do serviço de “bicicletas para quem tem carro”, a versão brasileira das bicicletas de uso público. Até a inauguração do bicicletário Jaraguá, apenas os estacionamentos Estapar da avenida Paulista participavam do projeto.

O serviço de empréstimo de bicicletas tem uma grande restrição: só pode ser aproveitado por quem é cliente da seguradora. Nem os turistas hospedados no Novotel Jaraguá poderão retirar uma bicicleta para conhecer a cidade (o gerente do hotel declarou que “vai pensar no assunto”).

O Novotel Jaraguá fica no finalzinho da rua Augusta, o melhor caminho para ir do centro até a avenida Paulista. Já que os clientes da Porto Seguro podem devolver as bicicletas em qualquer estacionamento participante, seria bacana que tivessem condições de se deslocar pela cidade com tranqüilidade.

Pegar uma bicicleta no Novotel Jaraguá e subir até a Paulista para ir ao cinema e devolvê-la nos estacionamentos da avenida seria um ótimo programa de final de semana. Ou descer a Augusta com uma bicicleta retirada no Conjunto Nacional para visitar o centro da cidade e depois deixar a magrela no Novotel.

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Infelizmente o melhor caminho entre dois pontos está cheio de carros.

A rua Augusta tem estacionamento de carros permitido em boa parte de sua extensão. Menos de 100 propriedades privadas atrapalhando a locomoção de milhares de pessoas.

Proibir o estacionamento no espaço público e pintar uma ciclofaixa em toda a Augusta é uma medida óbvia, simples e barata. Proibir o estacionamento em alguns horários do dia para fazer mais carros passarem é tapar o sol com a peneira e reforçar a prioridade ao transporte insustentável.

Nos locais da Augusta onde o estacionamento é proibido, quem sofre são os pedestres. O estacionamento nas calçadas não parece ser contravenção, mas sim orientação oficial. Repare na manga amarela e no colete marrom que aparecem no canto da foto acima…

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Vinte metros acima, a cena se repete…

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Vrijheid, Gelijkheid en Broederschap – Provos e as bicicletas públicas

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