carro-rei III


baia de embarque e desembarque transformada
em ponto de táxi clandestino na av Paulista

Entre os automóveis de uso “civil”, o táxi certamente é o que goza das mais amplas liberdades na capital paulista. Transporte individual de caráter público, eles possuem tarifas entre as mais altas do Brasil, subsídio público para a compra do veículo e um sindicato que está entre os mais poderosos da cidade. Diz a lenda que nenhum prefeito se elege em São Paulo sem o apoio dos taxistas.

Ainda que transportem apenas 1/60 dos passageiros que cabem em um ônibus e ocupem 1/3 do espaço dos coletivos, os táxis podem circular nos corredores de ônibus desde a gestão Marta Suplicy, ocupando espaço e atrapalhando o transporte coletivo.

Os táxis paulistanos também gozam de uma larga tolerância oficial no quesito estacionamento.

A vista grossa das autoridades, o abandono do espaço público, a negação da cidade como espaço de convivência e a falta de incentivo ao uso do transporte coletivo foram responsáveis pela criação de milhares de pontos de táxi clandestinos na cidade.

Os “pontos” estão instalados em calçadas, baias de embarque e desembarque, locais proibidos e faixas de pedestres, atrapalhando não só os transeuntes, como os outros motoristas. Também não é difícil encontrar pontos de táxi com o número de carros muito superior às vagas disponíveis.

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