Uma pergunta para os outros 364 dias do ano


TrancaRUa

Domingo é o dia máximo do espetáculo democrático. Dia da consagração dos bonecos de Olinda dos candidatos, dos porta-bandeiras pagos, dos panfleteiros profissionais, dos tocadores de bois dos currais eleitorais, dos oportunistas de primeira onda e dos profissionais que há décadas vivem da boquinha pública. Estão todos no páreo: Paulo Maluf, Fleury, Paulo Renato, Berzoini, Silvio Pereira, Apolinário, Quércia…

Dia também de alguns bem-intencionados e de dois ou três que ainda não perderam o elo mínimo de ligação entre representantes e representados e a noção de “coisa pública”.

(exercício de cidadania em 2005)

Domingo é dia de liberdade motorizada, do exercício de poder dos 30% de cima. Para que a festa democrática aconteça de forma plena, julgam os senhores do poder e os gerentes das ruas que o melhor a fazer não é aumentar a oferta de transporte público ou reduzir as tarifas, mas sim liberar o estacionamento de veículos em cima de calçadas, faixas de pedestres e outros locais proibidos.

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