(Marginal Pinheiros, Gotham City, 19h01 – foto Lilx)
As estatísticas oficiais só mediram até os 215km de congestionamento. Depois, oficialmente, o sistema de medição “parou de funcionar”. Atribuir o recorde histórico de congestionamento ao PCC pode ser perigioso para as institucionalidades de plantão.
Quem vive em ruas ou avenidas movimentadas teve a noite mais tranquila do ano. Depois das 21h, o barulho de buzinas e motores cessou. Sem carros, motos e ônibus nas ruas, o raro silêncio só era quebrado por alguma sirene ou helicóptero cruzando a cidade deserta.
Em Paris, queimaram carros. Em São Paulo, mais de 90 ônibus foram incendiados.
São Paulo viveu o seu “11 de setembro” à Nova Orleans: quem tinha carro, voltou pra casa para assistir ao espetáculo do medo em rede nacional. Como a polícia não garantiu a circulação dos ônibus (melhor proteger agências bancárias), 70% da população que não possui automóvel teve que se virar como pode.
O rodízio de veículos foi suspenso nesta terça-feira.
“Nenhum esquema especial para os ônibus”, declarou a SPTrans na noite de segunda.
Da guerra particular, as estatísticas oficiais trazem o saldo de 39 policiais, 42 suspeitos e 13 detentos mortos.
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