
“A única marca que você não pode viver sem”.
Contracapa da última edição da revista AdBusters, publicação de resistência à colonização de mentes e vidas pela manipulação dos desejos.
“A única marca que você não pode viver sem”.
Contracapa da última edição da revista AdBusters, publicação de resistência à colonização de mentes e vidas pela manipulação dos desejos.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=tnvJHuHlyh0]
Paródia feita pelo pessoal do Granada Via Verde em resposta ao comercial de uma montadora de automóveis que promote “carros ecológicos para todos”.
A descoberta vem do Consume Hasta Morir, que indica também o documentário “Líneas Discontínuas”, sobre a insustentabilidade do modelo de transporte baseado no automóvel.
Marketing verde?
¡No Pasarán!
Eu destruo o planeta
De verde, só o marketing
Carro ecológico
Sábado: dia de desperdiçar água e desrespeitar o pedestre
Na Noruega não existe EcoSport
Eco?
Amanhã, 15 de março, uma jornada de exibição e discussão sobre o filme Zeitgeist acontece em diversas cidades do planeta (incluindo algumas brasileiras). O vídeo está disponível na internet (com legendas em português).
Zeitgeist é um termo alemão que exprime o avanço intelectual e cultural do mundo em uma época. Em tempos de tele-controle, biopoder, terrorismo midiático e escravidão financeira, o que pode parecer uma grande “teoria da conspiração” ganha força, ao menos para provocar reflexões mais profundas sobre o “espírito” da nossa época.
E a frase de Jimi Hendriz que encerra o filme é de arrepiar: “Quando o poder do amor superar o amor pelo poder, o mundo conhecerá a paz” (When the power of love overcomes the love of power the world will know peace).
para download (em torrent)
legendas em português para para o torrent
em streaming, com legendas em português
Z-Day – exibições pelo mundo
site oficial
A rua Augusta é a subida menos íngreme para quem vai do centro da cidade até a avenida Paulista (o ponto mais alto de São Paulo grande obstáculo geográfico na região central de São Paulo).
Em qualquer cidade que valorizasse a mobilidade humana, esta rua teria calçadas largas e uma faixa para bicicletas, facilitando a subida de quem se desloca sem queimar combustível.
Em São Paulo, no entanto, o melhor caminho para atravessar o espigão da Paulista tem estacionamento de veículos permitido durante a maior parte do dia, nos dois lados da rua, em boa parte de sua extensão. As calçadas são bastante estreitas para o número de pessoas que passa por ali e (óbvio) não existe ciclovia ou ciclofaixa.
A rua vive com trânsito lento e os carros (em movimento e estacionados) atrapalham a vida dos passageiros de ônibus, ciclistas, pedestres e carroceiros.
Tirar espaço público consumido por propriedades privadas de alguns para melhorar as condições de mobilidade e vida de todos é tarefa difícil, mas remédios amargos também curam doenças.
Infelizmente, os habitantes de São Paulo preferem ficar parados no congestionamento, acreditando em panacéias tecnológicas (que servem apenas como paliativo ou forma de enriquecer quem as fabrica e implanta).
A solução para a mobilidade urbana em São Paulo não é técnica, é política: os carros têm que perder espaço. E têm que perder espaço não apenas para dar lugar a outros carros, mas para que ônibus, bicicletas, pedestres e cadeirantes tenham melhores condições de locomoção.
Carrocracia
Remédio para as calçadas estreitas
Mais algumas migalhas
No verão de 2007, a StreetFilms de Nova Iorque foi até Bogotá conferir a transformação da cidade depois que os carros deram lugar às pessoas.
Abaixo, uma tradução livre de alguns trechos do vídeo Lessons From Bogotá, produzido na capital colombiana.
(Gil Peñalosa) “Há apenas 10 anos, a bicicleta não era importante em Bogotá e qualquer um poderia ser eleito sem sequer mencioná-la. Hoje, ninguém é eleito nem para o menor cargo da cidade sem incluir bicicletas e espaços para pedestres como parte fundamental da sua campanha.”
(Aaron Naprstek) “Em uma das partes muito pobres da cidade, com ruas de terra e vacas pastando, o que me chamou a atenção foram as ciclovias e calçadas, tão boas, tão bem projetadas como as que existem na Holanda, na Dinamarca…”
(Gil Peñalosa) “Nesta rua você vê um espaço bem largo para ciclistas e outro para pedestres… Essa rua poderia estar nas áreas mais ricas de Nova Iorque, mas o que é mais incrível é que ela está em uma das áreas mais pobres de Bogotá. Se olhar ao redor, verá que as ruas da vizinhança sequer são asfaltadas. E esse é o melhor caminho para levar os filhos à escola.”
(Eduardo Plata) “Essa não é uma rua que serve apenas para o transporte, é um lugar onde as pessoas podem conviver, onde elas encontram os amigos…”
(Gil Peñalosa) “Hoje existe uma rede de ciclorotas integrando toda a cidade. Quando Enrique (Peñalosa) foi prefeito, foram construídos 300km de ciclovias em três anos.”
(Aaron Naprstek) “Gil foi um excelente guia, e uma das coisas que ele ‘martelava’ na minha cabeça é que não se trata de orçamento, de dinheiro… Fazer esse tipo de mudança depende essencialmente de uma decisão política.”
(Karla Quintero) “Um dia fomos almoçar em uma das zonas mais luxuosas da cidade, que hoje é uma área exclusiva para pedestres, onde ficam os melhores restaurantes de Bogotá.”
(Leo Katz – dono de restaurante) “Antes, os carros vinham e paravam na porta de cada restaurante para deixar os clientes ou então estacionavam ali mesmo. Hoje você sente a mudança, que foi extremamente positiva para todos. Durante a noite ou à tarde você vê pessoas andando pelas ruas. Onde antes haviam carros, hoje você vê pessoas, você vê vida…”
No jornal:
“Cai limite de velocidade nas marginais da Anchieta
(..) a velocidade máxima permitida em 14 km de extensão de suas marginais vai diminuir de 110 km/h para 90 km/h.
Resistência à preservação da vida por causa de dois minutos? Francamente…
-*-
Vale notar que o trecho perigoso citado pela potencial ciclista (avenidas Jabaquara e Domingos de Moraes) tem estacionamento de automóveis permitido durante todo o dia em boa parte da sua extensão.
Mesmo com a longa fila de carros estacionados, aqueles que matam e morrem por causa de dois minutos continuam a ver bicicletas como obstáculos. Se houvesse vontade política e social, o estacionamento seria proibido, ciclovias seriam constuídas, os ônibus andariam mais rápido e as calçadas seriam alargadas.
Por enquanto, uma ciclista a menos.
“Em nome da liberdade, a igualdade e a fraternidade, a Revolução Francesa proclamou em 1793 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Então, a militante revolucionária Olympia de Gouges propôs a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. A guilhotina cortou-lhe a cabeça.
Meio século depois, outro governo revolucionário, durante a Primeira Comuna de Paris, proclamou o sufrágio universal. Ao mesmo tempo, negou o direito de voto às mulheres, por unanimidade menos um: 899 votos contra, um a favor.
A imperatriz cristã Teodora nunca disse ser revolucionária, nem algo no estilo. Mas, há mil e quinhentos anos, o império bizantino foi, graças a ela, o primeiro lugar do mundo onde o aborto e o divórcio foram direitos das mulheres.”
(…)