Prefeitura de São Paulo: governando para poucos

Texto de Carlos Paiva Cardoso
(título da postagem: apocalipse motorizado)

Nova tarifa de ônibus da capital paulista é de R$ 2,70. Segundo o jornal Destak é a tarifa mais cara entre as capitais brasileiras.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, disse nesta segunda-feira (4) que o reajuste de 17,4% autorizado pela Prefeitura de São Paulo para as tarifas de ônibus do município vai gerar uma pressão importante sobre os indicadores de inflação. Segundo ele, o impacto do aumento será de 0,32 ponto porcentual para o IPC-S de janeiro, o que traria, sem as outras pressões de alta ou de baixa que o indicador tende a captar, uma taxa já superior à de dezembro, que foi de 0,24%.

O IPC-S abrange sete capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. A capital paulista tem o maior peso na composição do indicador de inflação da FGV. “Só para o IPC-S de São Paulo o impacto do reajuste ficará na casa de 0,77 ponto porcentual”, calculou Picchetti. – Do G1, com informações da Agência Estado

O gráfico acima foi elaborado com base no artigo acima de Fabiene Cristina de C da Costa e Carlos David Nassi – Programa de Engenharia de Transportes – COPPE/UFRJ.

Segundo os autores, os dados utilizados foram coletados entre os anos de 2000 a 2007.  Para a Região Metropolitana de São Paulo foram utilizados os dados de 2007 (que já inclui o bilhete único).

O gráfico identifica claramente o alto custo relativo do transporte coletivo na Região Metropolitana de São Paulo, já que quanto menor o valor obtido maior é o comprometimento da renda no transporte coletivo.

Vale a pena lembrar que a utilização da renda média, neste tipo de análise, em regiões de distribuição de renda muito desigual (São Paulo, por exemplo) tende a amenizar um resultado ainda pior.

Rede contra o aumento da tarifa

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