Em várias cidades do mundo, a morte de um ciclista é marcada pela instalação de uma “ghost bike (bicicleta fantasma)” no local do “acidente”.
Em Portland, mesmo com toda a infra-estrutura urbana e o respeito dos motoristas, os pilotos de veículos motorizados continuam matando usuários de bicicletas.
Até hoje não há notícia de um “acidente” onde um motorista tenha sido morto por um ciclista.
Nick Bucher foi morto em fevereiro de 2007. Tinha 24 anos. Dias depois, os ciclistas de Portland instalaram a ghost bike. “Um filho muito especial” dizia a bandeirinha colocada na lateral da bicicleta.
Foi a primeira e única ghost bike que vi em Portland. Tão bela, tão triste. Fiquei ali alguns minutos, contemplando as flores, pensando sobre as razões que transformaram uma coisa tão boa como pedalar em algo tão “perigoso”.
A ghost bikes são belas homenagens às vítimas dos motorizados, servindo também para sensibilizar os potenciais assassinos sobre o perigo de suas máquinas.
São belas, mas o sonho de todos os ciclistas é viver em cidades onde não existam ghost bikes.
Em tempo: o projeto ghostbikes.org tem como objetivo catalogar todas as bicicletas fantasma instaladas ao redor do planeta (inclusive a de São Paulo).
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