Não é segredo que o privilégio ao transporte individual motorizado no Brasil vai de A a Z. Com o preço do barril do petróleo beirando os U$120,00, o governo federal deu mais uma mostra da estupidez que ronda palácios e gabinetes em todas as esferas de poder.
Na semana passada, os ministérios do Planejamento e das Minas e Energia, através da Petrobrás e da regulação de impostos, conseguiram uma façanha: evitar o aumento da gasolina em detrimento do reajuste no diesel.
Nas refinarias da Petrobrás, o diesel sofreu reajuste de 15% e a gasolina foi aumentada em 10%. No entanto, o governo federal anunciou uma redução de 10% na Cide (imposto que incide sobre os combustíveis), exclusivamente para a gasolina.
Trocando em miúdos, o diesel que abastece veículos que desempenham função pública (ônibus e caminhões) sofreu um reajuste significativo e a gasolina (usada em veículos particulares) não será aumentada.
Com um orgulho patético, o ministro das Minas e Energias Edison Lobão declarou “O governo já decidiu compensar o aumento da gasolina na refinaria com a redução da Cide”.
A miopia governamental poderá acarretar em reajustes no transporte coletivo e também no preço das mercadorias (já que o frete por caminhões acaba sendo cobrado do consumidor final). Tudo para poupar, como sempre, a minoria da população que dirige automóveis.
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