Trata-se de um Dia de Ação Global Contra as Mudanças Climáticas e o G8. Em São Paulo acontece uma bicicletada, a massa crítica nas ruas. O encontro será às 10h, na Praça do Ciclista (av. Paulista, altura do n.2440).
Como sempre, basta aparecer com um meio de transporte não motorizado (bicicleta, patins, skate…). Alegorias, fantasias, cartazes e panfletos com o tema do encontro são muito bem-vindos.
O G8 e as mudanças climáticas
Os países do G8 são historicamente os grandes responsáveis pela devastação ambiental e humana que varre o planeta. O projeto de desenvolvimento baseado no consumo predatório de recursos naturais, na descartabilidade de produtos e na adequação de territórios e populações aos interesses de meia dúzia de corporações e especuladores globais está ruindo. A humanindade e o planeta não são capazes de suportar os padrões de vida, produção e consumo impostos pelo G8.
Neste começo de século, torna-se imperativo construir novas estruturas sociais baseadas na distribuição de riquezas, na convivência pacífica entre as pessoas e na utilização sustentável dos recursos naturais e humanos. As soluções apresentadas pelo G8 sempre estiveram pautadas no exato oposto: concentração, guerra e desperdício.
Os oito países que se encontram na Alemanha são responsáveis por mais da metade das emissões de gases de efeito estufa no planeta. Apenas um país (os EUA) foi responsável por 43% das emissões de carbono desde 1992 (data em que todos os países se comprometeram a reduzir suas emissões).
Atualmente, meia dúzia de corporações multinacionais sediadas nos países ricos tentem controlar a produção e o comércio em todo o planeta, padronizando alimentos, hábitos e culturas.
O dinheiro gasto com guerras por combustível e invasões militares poderia facilmente ser investido na reversão da catástrofe iminente. Mas os países reunidos no G8 preferem utilizar seus recursos e exércitos para preservar sua hegemonia e manter formas de vida incompatíveis com a sobrevivência humana no planeta.
O G8 conta com a subserviência de países periféricos, que insistem em se manter como produtores de matéria prima e fornecedores de mão de obra barata. O Brasil, por exemplo, tem aceitado passivamente se tornar um grande canavial, propagando a mentira de que basta substituir uma fonte de energia por outra para resolver o problema, quando o imperativo é a racionalização do consumo e a melhor distribuição dos recursos existentes.
Mesmo com as cercas, bombas e barricadas montadas a cada encontro dos donos do mundo, a humanidade vem reagindo aos abusos, construindo estruturas sustentáveis de vida, propagando valores de convivência, questionando as políticas bélicas e predatórias, estimulando a diversidade e a tolerância entre as pessoas.