São Paulo, especulação

O processo de especulação imobiliária (associado às políticas rodoviaristas das sucessivas administrações paulistanas) é o grande responsável pela destruição do patrimônio histórico.

Casas viram estacionamentos, que viram prédios com estacionamentos. Essa é a “evolução” da cidade. Quando não é possível comprar o imóvel ou quando esbarram em algum entrave preservacionista, os especuladores não têm a menor dúvida: praticam a sabotagem.

O passado sucateado pelo lobby rodoviarista acaba servindo como imagem excêntrica ou turística da cidade, um adorno de fachada que desperta lembranças de um tempo longínquo, sufocado pelo “desenvolvimento” predatório e especulativo da capital do automóvel. Tomara que estas lembranças sejam capazes de provocar alguma reação na cabeça do paulistano.

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