Poucos minutos depois, ainda no Largo do Paiçandu, policiais da Força Tática se adiantaram à manifestação e seguiram para a esquina com a avenida Rio Branco.
Alguns dizem que neste grupo estavam “punks dispostos ao confronto”, que teriam agredido policiais ou tentado depredar ônibus e que a polícia apenas reagiu de maneira habitual. Outra hipótese é a detenção de um manifestante que questionava os policiais por não estarem identificados: a tentativa de prisão do garoto teria gerado indignação nos demais manifestantes, entre eles os “dispostos ao confronto”.
Também não se descarta a presença de agentes policiais infiltrados dispostos a causar alguma confusão para justificar uma repressão mais dura, com bombas e balas de borracha.
Do lado dos manifestantes, existe uma ínfima mas complicada parcela que está disposta ao confronto. Acreditam que táticas de guerrilha e enfrentamento usadas (e até válidas) em outras regiões e/ou tempos históricos podem ser aplicadas em São Paulo de 2006. Com isso colocam em risco a vida de outras pessoas, legitimam a repressão policial e reforçam a visão social conservadora a respeito da luta por direitos e da ocupação das ruas.
Do lado da polícia, uma tática de tolerância zero afinada, com requintes da típica brutalidade e atraso terceiromundistas. Policiais sem identificação é um hábito inaceitavelmente comum. A truculência e o ódio de alguns batalhões e setores das polícias são inadimissíveis.
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