Começou há quase duas semanas a terceira etapa do “maior programa de recapeamento asfáltico de São Paulo”, como declarou ao Estadão (em 12 de maio) o prefeito Gilberto Kassab.
O programa tapa buracos recapeará 51 ruas danificadas pelo fluxo excessivo de veículos motorizados, pelas obras realizadas porcamente por concessionárias públicas (Sabesp, Eletropaulo, telefônicas) e pela má qualidade do asfalto paulistano (tradicionalmente superfaturado).
Além do tapa-buracos, a prefeitura promete asfaltar “até” 300 ruas de terra na capital. Segundo divulgou o Estadão (em 02 de junho), 99 vias já foram identificadas.
Chama atenção também a divisão de recursos: para recapear as 51 vias, estão destinados R$18 milhões. Já para asfaltar as “300” ruas de terra, a quantia é menor: R$12 milhões. Será que desta vez o superfaturamento está na estimativa (ou seria promessa?) de quantas ruas de terra (geralmente em bairros periféricos) serão asfaltadas?
Depois de ler as duas notícias, não saiu da minha cabeça a frase do colombiano Oscar Diáz em palestra realizada na própria Prefeitura: “Em cidades subdesenvolvidas, o poder público deve escolher: ou pavimenta ruas, ou constrói praças, ciclovias e parques”. São Paulo insiste burramente na primeira opção.
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