Ao redor do planeta, mais de 1000 cidades participaram deste movimento que propõe a reflexão sobre o uso excessivo do automóvel. Em São Paulo, duas atividades marcaram a jornada. Leia abaixo o relato do Dia Sem Carro paulistano ou saiba o que aconteceu no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Praga (a não ser que você fale checo, clique nos ícones para ver as fotos de Praga).
À tarde aconteceu uma pedalada organizada pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, por diversas entidades e ativistas. Cerca 25 de pessoas pedalaram pelas ruas tranquilas da Bela Vista em direção à Câmara dos Vereadores. Liderando a fila, de camisa azul, o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge.
Teria sido bem melhor sem os automóveis da CET. Até porque 4 guardas municipais (de azul, ao lado do carro) acompanhavam o trajeto de bicicleta, garantindo a segurança e a integridade dos participantes.
Parada no farol vermelho. Imagina se o trânsito fosse assim? Tempo para observar a paisagem, liberdade para conversar com a pessoa ao lado… Sem buzina, sem fumaça, sem vidro blindado, escuro e fechado…
Chegada à Câmara dos Veradores.
O presidente da Câmara, Roberto Tripoli, não resistiu e resolveu dar uma voltinha.
Tripoli e a vereadora Soninha, dois grandes responsáveis pelo apoio da Câmara ao Dia Sem Carro. Além das faixas e da recepção animada, os dois vereadores assumiram o compromisso de oficializar o 22 de setembro na capital.
Inserir o Dia Sem Carro na agenda oficial é pouco. Algo como criar o Dia da Secretária ou do Alfaiate. No entanto, em uma cidade avessa à mudanças, egoísta por natureza e conservadora por conveniência, o pequeno ato burocrático de dizer “22 de setembro é o Dia Sem Carro” toma um significado maior.
Infelizmente a Câmara dos Veradores (à direita) ainda não cumpre a lei 13.995, que estabelece a criação de bicicletários na cidade. Já a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (esquerda) saiu na frente, não esperou pela regulamentação da lei (que cabe ao Executivo) e instalou cinco vagas para ciclistas no saguão de entrada.
Durante a sessão, seis ou sete vereadores, um punhado de assessores e outras autoridades. Sentado confortavelmente na cadeira do ausente Carlos Apolinário, escutei palavras bonitas e outras um tanto ocas. Faz parte…
O Dia Sem Carro teve índices de congestionamento acima da média na capital. Na foto, a 23 de maio lá pelas 17h.
Às 18h, a tradicional Bicicletada saiu às ruas. Sem a escolta de automóveis da CET nem cobertura motorizada da imprensa, seguimos com o movimento que já acontece há vários anos nas ruas da capital. Pedalamos….
… panfletamos…
… e ajudamos as vacas da “Cow Parade” a sobreviver no meio do caos motorizado. Máscaras para os pobres animais que passam 24 horas por dia na fumaça dos escapamentos.
Vaca também pedala.
Ele também participava do Dia Sem Carro.
Na semana que vem, a Bicicletada promete sair às ruas novamente, no seu dia e horário tradicional: última sexta-feira do mês, às 18h, na Praça do Ciclista Desconhecido (finalzinho da Av. Paulista, quase na Consolação).
álbum de fotos
panfleto distribuído em 22 de setembro
Um convite ao Dia Sem Carro
Dia Sem Carro – uma incógnita em SP (11.set.2005)
Prefeitura apóia Dia Sem Carro (13.set.2005)
Mais notícias do S-22 em SP (21.set.2005)
confirmado: pedalada em SP (21.set.2005)
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