De volta à periferia

Ultrapassar a fronteira do Euro significa muito mais do que ter que procurar a melhor cotação para trocar dinheiro.Chegar à Praga depois de conhecer Munique, Salzburgo e Viena causou um certo deja vu. Notei de imediato algumas semelhanças com as paragens subdesenvolvidas da terra brasilis.

Tá certo, a majestosa estação de trem no meio da cidade não deixava dúvidas: eu continuava na Europa. Mas e o imenso outdoor de um blockbuster estadunidense na fachada? Será que os alemães ou austríacos aceitariam o gigantesco painel em um local tão sagrado?

Me assustei com o número de carros estacionados em cima das calçadas.E o pior: tudo dentro da lei. Sim, é isso mesmo: em boa parte da cidade recomenda-se o estacionamento com duas rodas em cima da calçada.

Com o final do regime comunista, os habitantes de Praga entupiram as ruas da cidade com veículos capitalistas. Como a cidade está na periferia do capital, falta grana para reformar e construir garagens subterrâneas. Resultado: todos os carros da cidade ficam estacionados em via pública.

Igualzinho São Paulo: centro histórico liberado para veículos.

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