No céu, no mar, na terra

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arte: cc Tiago Gouvea

No último domingo (16), o jornal O Estado de São Paulo publicou uma matéria sobre a contaminação do subsolo em 19 áreas do bairro da Mooca. Apesar do subtítulo dizer que a contaminação é fruto do passado industrial do bairro, entre as 19 áreas contaminadas estão 13 são postos de combustível, 2 centros automotivos e antiga fábrica da Ford (o único terreno realmente “industrial”).

Ou seja, no caso da Mooca, 84% da contaminação do solo está intimamente ligada ao uso de veículos motorizados (e não necessariamente à sua produção).

Segundo o levantamento feito pela Cetesb, 657 das 781 áreas contaminadas da cidade são postos de combustível (os mesmos 84% encontrados na Mooca). As indústrias, apontadas como parte de um passado longínquo, representam apenas 8,8% da poluição do solo na capital.

Segundo a matéria do Estado, a poluição do solo estaria atravancando o desenvolvimento imobiliário na região. Para os especuladores, a solução é uma parceria público-privada que permita a limpeza dos terrenos (certamente com a tradicional divisão de ônus público e bônus privado).

Em texto publicado em seu site, o vereador Chico Macena afirma que as áreas em questão representam apenas 15% do total previsto para a operação urbana na região (instrumento de desenvolvimento urbano previsto no Plano Diretor) e sugere que uma parte destas áreas sejam transformadas em parques, e não em torres com três subsolos de garagem e cinco vagas por apartamento.

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